Tomei o trem das seis. Lacei a mochila nas costas e dei passagem para o desembarque. Quem desembarca aqui, embarco eu cá. No vai-e-vem contei abraços, bocejos que ralam pescoço. Esse carinho enlatado. Tô lá em pé, próxima estação tem mais. Amanhã tem mais.
Vou embora guiando o chão e asfalto de piche. Nem sei se é piche: todo negro feito meu capuz por dentro. Escurece a cabeça, limita a visão e acendo um cigarro feito marginal.